SUGESTÕES DE ATIVIDADES – NÍVEL ALFABÉTICO

SUGESTÕES DE ATIVIDADES POR NÍVEIS DA PSICOGÊNENSE

NÍVEL ALFABÉTICO

  • Muita leitura oral, rotina diária de leitura;
  • Produção espontânea de texto (reconto oral e escrito);
  • Produção coletiva de texto;
  • Auto-ditado com alfabeto móvel, imagens e espaços para as sílabas;
  • Organização de sílabas para formar palavras;
  • Palavras cruzadas;
  • Preguicinhas;
  • Bingo de palavras;
  • Dominó com palavras e imagens;
  • Cartão-conflito;
  • Caça-palavras em textos, frases e letras misturadas;
  • Relacionar sílabas à palavra, ao objeto;
  • Apresentações orais de poemas, músicas, cordéis, textos;
  • Dramatizações de histórias;
  • Formação de palavras novas a partir de uma palavra conhecida;
  • Estudo do alfabeto maiúsculo e minúsculo, introduzindo a letra cursiva;
  • Escrita de nomes próprios;
  • Identificação dos substantivos comuns e próprios (não precisa falar SUBSTANTIVO, use nome comum e nome próprio);
  • Aperfeiçoar a caligrafia correta das letras;
  • Desenvolver atividades que envolvam as sílabas complexas;
  • Aperfeiçoar o uso correto do caderno, formalizando a escrita padrão;
  • Trabalhar com questões de múltiplas-escolhas, onde a criança vai ler e marcar a opção correta;
  • Trabalhar a classificação de palavras quanto ao número de sílabas (monossílabas, dissílabas, trissílabas e polissílabas);
  • Trabalhar com jogos educativos e lúdicos.

OBSERVAÇÃO:

Nesta fase, a criança já lê e entende pequenos textos, mas ainda não tem autonomia. Apresenta dificuldades com sílabas complexas, necessitando de acompanhamento constante na realização das tarefas. Precisamos corrigir os erros ortográficos, mas sem traumatizar as crianças, afinal queremos que elas escrevam e demonstrem suas hipóteses de escrita. Incentivar e motivar a expressão oral também é muito importante, durante todo o processo de alfabetização.

Professora: Kátia da Silva

Sugestões de atividades para o nível pré-silábico

Sugestões de atividades para o nível silábico

Sugestões de atividades para o nível alfabetizado 1, 2, 3 e 4

SUGESTÕES DE ATIVIDADES – NÍVEL SILÁBICO

SUGESTÕES DE ATIVIDADES POR NÍVEIS DA PSICOGÊNENSE

NÍVEL SILÁBICO

  • Muita leitura direcionada de textos;
  • Reconto oral e escrito de histórias;
  • Produção espontânea de textos;
  • Produção coletiva de textos;
  • Palavras cruzadas com vogais ou consoantes para a criança completar;
  • Bingo de letras, sílabas e palavras;
  • Brincadeira de ADEDONHA e FORCA;
  • Auto-ditado com alfabeto móvel (organizar letras de palavras a partir de uma imagem);
  • Trabalhar atividades que favoreçam o desenvolvimento da consciência fonológica das crianças;
  • Relacionar letra/som; letra/objeto; objetos com a mesma sílaba inicial;
  • Preguicinha (leitura pausada de palavras em fichas, lentamente retiradas de um envelope);
  • Encaixar sílabas nas palavras;
  • Cartão-conflito para completar letras nas sílabas);
  • Ordenação de sílabas para formas palavras, a partir de uma imagem com demarcação do espaço de cada sílaba;
  • Caça-palavras em textos (indicar, sublinhar ou circular);
  • Trabalhar jogos educativos e lúdicos.

OBSERVAÇÃO:

Nesta fase, a criança já começou a memorizar o alfabeto e a ler as sílabas simples, consegue juntar as sílabas e formar palavras. Trabalhe com palavras conhecidas, use campos semânticos e explore bem a oralidade com poemas, rimas e músicas. Deixe que as crianças leiam e escrevam tudo que quiserem, acompanhe as hipóteses que elas vão desenvolvendo e valorize os acertos, sem menosprezar os “erros”, assim elas avançam no processo de alfabetização. Incentive a leitura oral diariamente.

Professora: Kátia da Silva

Sugestões de atividades para nível pré-silábico

Sugestões de atividades para o nível alfabético

Sugestões de atividades para o nível alfabetizado 1, 2, 3 e 4

NÍVEIS DA PSICOGÊNESE

O QUE AS CRIANÇAS SABEM?

Vamos identificar, passo a passo, as habilidades que as crianças vão adquirindo durante a aquisição da língua escrita. Conforme elas vão aprendendo e desenvolvendo a consciência fonológica, vão avançando no processo de alfabetização. Cada criança tem seu ritmo, mas podemos conseguir um desempenho, mais ou menos, igualitário dentro de uma classe, dependendo de como se trabalha didaticamente. Aplicamos o Teste da Psicogênese com o objetivo de identificarmos o nível da psicogênese em que cada criança se encontra num determinado momento do ano letivo.

O QUE AS CRIANÇAS PRECISAM SABER?

Para avançar de nível, precisamos trabalhar com a criança o que ela precisa saber, que habilidades precisa adquirir para “pular” para o próximo nível.

INTERVENÇÕES (SUGESTÕES DE ATIVIDADES)

Por último, vamos conhecer algumas atividades que podem e devem ser usadas para motivar, incentivar, instigar e proporcionar o desenvolvimento dessas habilidades tão importantes no processo de ensino-aprendizagem.

Níveis da Psicogênese dentro do Processo de Alfabetização:

Professora: Kátia da Silva

Livros sobre alfabetização: base teórica para professores.

QUADRO RESUMO – NÍVEIS DA PSICOGÊNESE (Elaborado pela EAPE – DF)

NÍVEISCARACTERIZAÇÃOESCRITA DE PALAVRASESCRITA DE TEXTOLEITURA
PRÉ-SILÁBICOComeça com rabiscos e garatujas, depois desenvolvem esquemas para diferenciar escritas. Escreve ocupando todo o espaço disponível.Representa a palavra com desenho e sua escrita é figurativa. Usa letras e números aleatórios.Consegue vincular o discurso oral com o texto escrito (faz de conta que está lendo).A criança nesse nível faz leitura de imagem.
SILÁBICOComeça com uma correspondência sonora, escreve uma letra para cada sílaba, avançam quando usam letras que correspondem a um dos sons da sílaba.A criança utiliza um sinal gráfico (uma letra) para cada sílaba pronunciada.Escreve frases. Utiliza uma letra para cada sílaba ou palavra, tudo emendado na frase. Com dificuldades podemos entender o que queria dizer.A leitura é memorizada, acompanha com o dedinho, apontando uma letra para cada sílaba ou palavra.
ALFABÉTICOA criança já compreende o sistema de escrita, já conhece o alfabeto, mas ainda não domina as convenções da escrita.Na palavra, escreve duas letras para cada sílaba, sempre na ordem consoante/vogal. Ainda não domina encontros consonantais.Produz textos pequenos. Escreve duas ou três letras para cada sílaba, tudo junto. Consegue identificar algumas palavras.A criança já consegue identificar e lê algumas palavras com sílabas simples, apontando uma ou duas letras para cada sílaba.
ALFABETIZADO 1Cada sílaba é representada com uma consoante e uma vogal, geralmente nesta ordem.Começa a perceber os encontros consonantais e aceita a vogal inicial.Produz textos curtíssimos. Consegue escrever frases longas, ora com, ora sem segmentação. Muitos erros fonéticos. Não domina paragrafação, nem pontuação.Leitura muito pausada. A criança já se apropriou das convenções da escrita, mas ainda não compreende o que lê em um texto. Precisa de ajuda na interpretação.
ALFABETIZADO 2A criança começa a associar uma letra para cada som ouvido.Domina os encontros consonantais e começa a perceber os dígrafos.Produz textos curtos, com muitos erros. Já faz a segmentação de palavras. Começa a usar paragrafação e pontuação.Lê convencionalmente, entende o que leu. Faz interpretação oral. Precisa de ajuda na interpretação escrita.
ALFABETIZADO 3A criança domina sons que são representados por duas letras (dígrafo). Domina os encontros consonantais.Percebe as irregularidades da escrita, tenta resolvê-las, como os dígrafos e a nasalização pelas letras M, e N.Produz texto satisfatório. Usa conectivos para ligar orações. Melhorou a organização textual.Leitura fluente, boa interpretação oral, mas a interpretação escrita ainda é parcial, precisando de ajuda.
ALFABETIZADO 4Domina convenções ortográficas: dígrafo, encontro consonantal, nasalização e percebe que é possível escrever palavras com consoantes mudas.Com as questões fonéticas resolvidas, a criança demonstra preocupação com as questões ortográficas.Produz textos longos. Escrita quase não tem erros ortográficos. Domina a organização textual (paragrafação e pontuação).Leitura fluente, autônoma, boa interpretação oral e escrita. Consegue fazer inferências e comparar textos de diferentes gêneros.

Atenção! Estas dicas e orientações não são receitas prontas. Cada professor deve conhecer sua clientela e adaptar as atividades e os testes para seus(suas) alunos(as). Outro detalhe: cada criança aprende do seu jeito e no seu tempo, cabe ao docente estimular e motivar a curiosidade das crianças, despertando nelas a vontade de descobrir (aprender). O ato de alfabetizar é sublime, uma das coisas lindas que existe! Não devemos tornar a alfabetização numa tortura para os estudantes. A leitura tem que ser uma atividade prazerosa e gratificante, tanto para o(a) professor(a), quanto para os(as) alunos(as).

Professora: Kátia da Silva

PSICOGÊNESE

O que é Psicogênese?

“O termo psicogênese pode ser compreendido como origem, gênese ou história da aquisição de conhecimentos e funções psicológicas de cada pessoa, processo que ocorre ao longo de todo o desenvolvimento, desde os anos iniciais da infância, e aplica-se a qualquer objeto ou campo de conhecimento. No campo da aquisição da escrita, esta concepção se associa aos estudos psicogenéticos de Emília Ferreiro, Ana Teberosky e vários colaboradores, originalmente divulgados em países de língua espanhola, na década de 1970, com forte impacto no Brasil, a partir da década seguinte, sobretudo na Educação Infantil e nos anos iniciais destinados à alfabetização.” (Maria das Graças de Castro Bregunci: Universidade Federal de Minas Gerais-UFMG / Faculdade de Educação / Centro de Alfabetização, Leitura e Escrita-CEALE)

O que é Teste da Psicogênese?

É uma avaliação diagnóstica para descobrir em qual nível de Alfabetização a criança se encontra, em um determinado momento da aprendizagem. Pode ser feito com gravuras, palavras de mesmo campo semântico, a partir de um acontecimento importante em sala de aula, textos pré-selecionados, etc. Cada professor organiza os testes de acordo com seu planejamento e realidade.

Níveis de Alfabetização:

  • Pré-silábico
  • Silábico
  • Silábico-alfabético
  • Alfabético
  • Alfabetizado
    • Alfabetizado 1
    • Alfabetizado 2
    • Alfabetizado 3
    • Alfabetizado 4

Reconhecendo os Níveis de Alfabetização, ou seja, reconhecendo o processo de aquisição da escrita:

“De acordo com este referencial, a apropriação da escrita se apoia em hipóteses do aprendiz, baseadas em conhecimentos prévios, assimilações e generalizações, dependendo de suas interações sociais e dos usos e funções da escrita e da leitura em seu contexto cultural. Tais hipóteses oferecem informações relevantes sobre níveis ou etapas psicogenéticas no processo de alfabetização e podem se manifestar tanto em crianças como em adultos:

a) pré-silábica – o aprendiz ainda não compreende que a escrita representa os sons das palavras que falamos, mas faz experimentações diversas, utilizando, simultaneamente, desenhos e outros sinais gráficos – e, por isso, sua representação só é entendida ou ‘traduzida’ por ele mesmo. Além disso, a grafia da palavra pode ser vista como representação fiel das características do objeto que representa, inclusive pela extensão da escrita: se boi é um animal grande, a palavra boi deve ser igualmente grande. A superação dessa hipótese, conhecida como “realismo nominal”, é condição importante para a aquisição do princípio alfabético. Outras hipóteses observadas nessa etapa são as de quantidade mínima e de variedade de letras para diferenciar o registro de diferentes palavras;

b) silábica – o aprendiz percebe os sons das sílabas como segmentos da palavra a ser escrita, mas supõe que apenas uma letra pode representá-las graficamente, podendo ou não ter o valor sonoro convencional – por exemplo, BNDA (silábico quantitativo) ou ELFT (silábico qualitativo) são quatro letras que podem representar a palavra elefante;

c) silábico-alfabética – o aprendiz se encontra em transição entre níveis psicogenéticos e tanto pode representar sílabas completas como representações parciais da sílaba por uma só letra: por exemplo, para elefante, ELEFT;

d) alfabética – o aprendiz compreende o princípio alfabético, percebendo unidades menores do que as sílabas, os fonemas, e gradualmente domina suas correspondências com os grafemas.

(Maria das Graças de Castro Bregunci, Universidade Federal de Minas Gerais-UFMG / Faculdade de Educação / Centro de Alfabetização, Leitura e Escrita-CEALE)

e) Alfabetizado: Superadas essas fases iniciais, o aluno já é considerado Alfabetizado, porém, mesmo neste patamar, existem diferentes níveis de Alfabetizados (A1, A2, A3 e A4). A criança apresenta domínio da escrita padrão da Língua portuguesa, usos corretos dos fonemas e escrita ortograficamente certa, tem o domínio das convenções textuais, como paragrafação e pontuação nas produções de texto? A leitura também é importante para definir o nível de Alfabetização, deve-se observar como a criança se expressa oralmente; como que está a leitura oral, se pausada ou não; se ela lê o que escreveu; se ela lê só que está escrito em textos; e principalmente se ela consegue entender o que leu, interpretando o texto, fazendo inferências. Conforme a criança vai desenvolvendo essas capacidades, ela vai avançando no processo de Alfabetização. Veja o quadro com sugestões de hipótese de escrita:

  A1 Admite que cada sílaba possua duas letras. Entretanto, numa ordem rígida:
CONSOANTE + VOGAL. Lê e produz um texto pequeno e simples (reconto).
Exemplo:
PATO (prato)
SECOLA (escola)
POFESORA (Professora)
 A2       Admite que a sílaba se inicie por vogal e que a palavra possua, na mesma sílaba, duas letras juntas ou separadas por vogal. A cada som pronunciado, o aluno associa uma letra. Lê e produz textos satisfatórios
(reconto e produção pessoal).
Exemplos:
VOGAL+CONSOANTE:
ESCREVO
CONSOANTE+CONSOANTE+VOGAL:
PROFESORA
]CONSOANTE+ VOGAL + CONSOANTE:
PORTA
   A3Admite que cada sílaba pode ter três ou mais letras e que um som pode ser representado por mais de uma letra. Lê e produz textos, utilizando pontuação e paragrafação.
Exemplos:
Dígrafos (NH;CH;LH;SC;RR;SS;GU;QU);
Nasalização (M/N/TIL);
Encontros vocálicos e consonantal:
Exemplos:
PASSARINHO
QUEIJO
MUITO
TRANSFORMAR
BANCO
GUERRA
  A4Admite escrever uma letra para representar dois sons, como no caso de sílabas com letras mudas e palavras com X, fazendo o som de /KS/; admite as consoantes “mudas”. Lê e produz textos de vários gêneros, usando pontuação e paragrafação.
Exemplos:
PERPLEXO
OBJETO
PNEU
Quadro de apoio de diagnóstico (EAPE – DF) – NÍVEIS DA PSICOGÊNESE

Os critérios que podem ajudar na hora de escolher as palavras que estarão no teste da psicogênese. O teste precisa conter:

01Palavras que possuam sílabas travadas: tr, br, bl, cl, pr, pl…. Ex: (travado, trigo, dragão).
02Palavras que possuam dígrafos: lh, nh, rr, ch, ss…. Ex: (palhaço, pássaro, rainha).
03Palavras que possuam consoante muda: Ex: (pneu, admirável, objetivo).
04Palavras iniciadas por vogal. Ex: (escrevo, aspecto, espelho)
05* Palavras com nasalização. Ex: (compreendendo, entretanto, contar, contensão).
06* Palavras que possuam quatro letras em uma mesma sílaba: Ex: (construir, instituir, transportar, transformar).
Quadro de apoio EAPE -DF

* É importante lembrar que para classificação no nível A4 (ALFABETIZADO 4) os itens 05 e 06 precisam constar no teste.

IMPORTANTE:

Sempre pedir para a criança ler o que escreveu, acompanhando com o dedinho se for preciso. Caso não seja possível reconhecer sua escrita, o(a) professor(a) vai anotando o que ela for “lendo” para ele.

Mantenha um caderno para anotar as observações, os avanços e/ou dificuldades (na fala e na escrita) que os alunos apresentem em sala de aula. Registre todos os procedimentos, assim ficará mais fácil fazer os relatórios bimestrais e semestrais, bem como o preenchimento do diário.

Referências (Acesso em 01/03/2021):

http://pedagogiaemfoco2.blogspot.com/2012/12/v-behaviorurldefaultvmlo.html

http://www.ceale.fae.ufmg.br/app/webroot/glossarioceale/verbetes/psicogenese-da-aquisicao-da-escrita

NÍVEIS DA PSICOGÊNESE

LIVROS SOBRE ALFABETIZAÇÃO: sugestões para professores.

Professora: Kátia da Silva