Estes testes foram aplicados em alunos com idades entre 9 e 11 anos, estudantes de turmas de 3º e 4º anos.
Mês: abril 2021
MODELO DO TESTE DE DIAGNÓSTICO DE MATEMÁTICA
Final de 3º Ano e início do 4º Ano
TESTE DE DIAGNÓSTICO DE MATEMÁTICA
01-Complete o quadro com os números que faltam:
200 | 209 | ||||||||
213 | |||||||||
225 | |||||||||
230 | 237 | ||||||||
242 | 248 | ||||||||
254 | |||||||||
260 | |||||||||
272 | 277 | ||||||||
284 | |||||||||
290 | |||||||||
02-Nas questões abaixo, marque a resposta correta:
a) 15 é maior que 20.
( ) Falso ( ) Verdadeiro
b) 999 é maior que 1000.
( ) Falso ( ) Verdadeiro
c) 43 é um número par.
( ) Falso ( ) Verdadeiro
d)321 é menor que 325.
( ) Falso ( ) Verdadeiro
e) 259 tem três algarismos.
( ) Falso ( ) Verdadeiro
03-Complete com o antecessor e o sucessor dos números abaixo:
259 |
130 |
409 |
655 |
04-Resolva as operações:
246 + 351 | 560 + 489 |
674 – 231 | 308 – 247 |
123 X 2 | 312 X 5 |
424 |_2___ | 634 |_ 3___ |
05-Descubra que numeral foi formado com o material dourado e anote ao lado:
A) __________________________
B) ____________________________
C) ________________________
D) ____________________________
MATEMÁTICA – ORIENTAÇÕES PARA APLICAÇÃO DO TESTE DE DIAGNÓSTICO
TESTE DE DIAGNÓSTICO DE MATEMÁTICA
Final de 3º Ano e início de 4º Ano
As sugestões a seguir foram geradas a partir das minhas experiências em sala de aula, ao longo de 30 anos de trabalho com educação, de magistério em anos iniciais, principalmente em turmas de 4º e 5º Anos.
O conhecimento matemático, tanto quanto a Alfabetização, também deve ser avaliado, dessa forma conseguimos ter uma visão geral do desenvolvimento do(a) estudante. Esse teste também deve ser elaborado tendo por base as orientações do Currículo de Educação Básica, Lei11.274, de 06/02/2006.
Nos anos iniciais, no 1º ciclo (1º, 2º e 3º Anos), o teste dever ser aplicado individualmente, em um ambiente calmo e silencioso, de acordo com o tempo de cada criança. De preferência em uma sala que não tenha estímulos visuais, palavras e números, para evitar que o(a) aluno(a) simplesmente copie.
A partir do 2º ciclo (4º e 5º Ano), o teste pode ser aplicado em grupo, ou até mesmo com toda a classe, dependendo do domínio de turma que o(a) professor(a) tenha de seus alunos. Evite ter tabuada ou numerais visíveis no dia do teste. Favoreça um ambiente clamo, sem nervosismo! Deixe claro que não uma prova, é uma sondagem para descobrir como está indo o aprendizado deles.
O teste de diagnóstico dos conteúdos de matemática não deve ser aplicado no mesmo dia do Teste da Psicogênese, simplesmente para não sobrecarregar as crianças.
O teste deve ser aplicado bimestralmente, mas pode ser em qualquer momento, dependendo do interesse do docente. Têm professores(as) que conseguem realizar mensalmente, porém demanda tempo e é necessário a ajuda de outra pessoa. Enquanto, o(a) professor(a) aplica o teste, alguém fica com a turma.
O Teste de Diagnóstico de matemática não deve ser corrigido e apresentado às crianças. Ele funciona como diagnóstico. Posteriormente, o(a) professor(a), pode conversar com as crianças e explicar em que nível cada uma se encontra, em que precisa melhorar, se precisa de reforço em casa ou em horário contrário com o(a) professor(a) regente. Pode organizar tabelas, como uma escadinha, para que as crianças (e os pais) acompanhem o desenvolvimento durante o ano letivo.
Modelo do teste de diagnóstico de matemática (final de 3º Ano e início do 4º Ano).
Para maior conhecimento dos conteúdos de matemática cobrados no Ensino Fundamental, sugiro estudar o BNCC:
http://basenacionalcomum.mec.gov.br/abase/#fundamental/a-area-de-matematica
Professora: Kátia da Silva
MODELO DE TESTE – TEXTO 10 – OS COLEGAS
Para o final do 3º Ano e início do 4º Ano
OS COLEGAS
(Lygia Bojunga Nunes)
No princípio eram só dois cachorros. Tinham se encontrado pela primeira vez revirando a mesma lata de lixo.
– Esse osso que tem aí é meu!
– É meu!
– Já disse que é meu!
Se zangaram, rosnaram um pro outro. E então se atracaram dispostos a uma briga feia. Foi quando passou por ali um garoto assobiando um samba. Os dois interromperam a briga e começaram a prestar atenção na música que ele assobiava.
– Está errado! – disse um deles pro garoto.
– Esse samba não é assim. É assim! – disse o outro.
E começaram a cantarolar certo a melodia do samba.
O garoto nem ligou e foi embora. Mas os dois ficaram cantando a música até o fim. E depois um deles disse:
-Acho esse samba o máximo!
– Legal! – falou o outro.
– Sabe? Coisa que eu gosto é de fazer samba!
– Ah, é? Então somos colegas.
Esqueceram o osso e a briga. Sentaram no meio-fio e começaram a falar de samba. Ficaram muito interessados um no outro.
– Como é que você se chama?
– Não sei. Ninguém nunca me chama pra eu saber como é que eu me chamo. E você?
– Vira-lata.
– Quem é que chama você assim?
– Chamar ninguém chama. Mas gritam; “Sai daí, seu vira-lata!” “Olha um vira-lata no jardim!” “Acerta uma pedra nesse vira-lata!”
– Bom isso tudo eu também estou sempre ouvindo.
– Então pronto: você também se chama Vira-lata.
Se olharam melhor pra ver como é que eram: malhados, e o tamanho mais ou menos o mesmo. […]
Conversaram e foram vendo que gostavam das mesmas coisas: futebol, praia, carnaval, bater papo e cantar…
– Acho que a gente vai acabar ficando amigo!
– Também acho!
Dividiram o osso.
– Onde é que você mora?
– Num terreno baldio lá perto da praia.
– Tem casa?
– Não, mas tem um monte de entulho, bom mesmo!
– Bom, pra quê?
– Pra gente cavar quando quer, se esconder atrás quando precisa, fingir de casa quando cisma.
– Vou lá ver.
Quando chegou, gostou um bocado do lugar.
– Está me dando uma vontade de cismar que é minha casa…
Acabou cismando. E logo descobriram que, em samba, um gostava mais de bolar a letra, o outro de bolar a música. Fizeram, então, o primeiro samba em parceria:
“Vida, acho você a maior
Quanto mais penso em você
Mais eu vejo que te gosto
E que não tem coisa melhor…”
Dispostos a mostrar o samba pra todo mundo, saíram pela praia cantando e batucando nas caixas de fósforos que tinham encontrado na areia. Muita gente gostou! Paravam e perguntavam:
– De quem é a letra desse samba?
– Do Vira-lata.
– E a música?
– Do Vira-lata.
– Também?
– Não, é que somos dois!
Viram que aquilo dava confusão, e naquele dia mesmo um resolveu se chamar Virinha e o outro Latinha.
E foi também naquele dia que se tornaram amigos inseparáveis! E uma dupla de sucesso: Virinha e Latinha!
Sugestões de palavras para o Teste da Psicogênese
DITADO
01-osso
02-cachorro
03-praia
04-começaram
05-samba
06-chamar
07-revirando
08-lixo
09-entulho
10-carnaval
FRASE: Os dois cachorros eram amigos e parceiros de música.
RECONTO
Esse texto é uma crônica, relata um fato do cotidiano. Tem muitos diálogos, o que dificulta a interpretação. Aconselho fazer uma dramatização, com mudança de vozes, entonações diferenciadas nas diversas situações. Facilita imaginar que os cachorros são uma fêmea e um macho, mas não precisa dar sentido romântico, apenas destaque a amizade e união entre eles. Se não conseguir, não precisa “cantar” a estrofe do samba, não atrapalhará a interpretação do texto. Leia mais de uma vez até que todos entendam a história. Seria interessante aplicar esse teste depois que for trabalhado o uso do travessão em sala de aula. Depois peça para cada um fazer o reconto por escrito, do jeito que der conta, do jeito que sabe, sem interferência do(a) professor(a), sem ajuda dos colegas. Se der tempo, peça para cada criança ler o que escreveu.
ILUSTRAÇÃO
Depois peça para ilustrarem o texto, se quiserem e se não estiverem cansados. Claro, observe o tempo para realização dessa atividade.
MODELO DE TESTE – TEXTO 9 – O URSO E OS VIAJANTES
Para o final do 3º Ano e início do 4º Ano
O URSO E OS VIAJANTES
(Fábula de Esopo)
Dois amigos iam viajando por uma estrada quando, de repente, apareceu um urso.
Antes que o animal os visse, um dos homens correu para uma árvore ao lado da estrada, pendurou-se num galho e conseguiu puxar o corpo para cima e ficar escondido entre as folhas.
O outro não foi tão rápido e, como era mais pesado, não tinha forças para subir sozinho. Ficou um tempo pendurado e, ao perceber que seria impossível escapar daquela maneira, jogou-se no chão e fingiu que estava morto.
Quando o urso chegou perto, ficou andando em volta do homem, cheirando-o por toda parte. O coitado prendeu bem a respiração e ficou imóvel, só com o coração batendo forte.
Dizem que ursos não atacam cadáveres e deve ser verdade, porque o bicho acabou desistindo, convencido de que o homem tinha mesmo morrido. Acabou indo embora.
Quando não havia mais perigo, o viajante que estava na árvore desceu. Curioso, perguntou ao outro o que é que tanto o urso lhe segredava ao ouvido, quando encostava o focinho em sua orelha.
– Ah… Ele estava me aconselhando a nunca mais viajar com um amigo que me deixa sozinho no primeiro sinal de perigo!
Moral da história: Nas horas difíceis é que conhecemos os verdadeiros amigos.
Sugestões de palavras para o Teste da psicogênese
DITADO
01-amigos
02-urso
03-conseguiu
04-galho
05-chão
06-focinho
07-escondido
08-pendurado
09-sinal
10-coração
FRASE: O viajante se jogou no chão e fingiu que estava morto.
RECONTO:
Faça uma interpretação oral, explore a ordem dos acontecimentos e a fala. Se for preciso, leia o texto mais de uma vez. Aproveite para falar da verdadeira amizade, da solidariedade em momentos difíceis.
Solicite que os estudantes escrevam o reconto do texto lido e, em seguida, leia-o para o(a) professor(a).
ILUSTRAÇÃO
Os estudantes poderão ilustrar o texto, mas não é obrigatório.
MODELO DE TESTE – TEXTO 8 – O LEÃO E O RATO
Para o final do 3º Ano e início do 4º Ano
O LEÃO E O RATO
(Fábulas de Esopo)
O Leão era orgulhoso e forte, o rei da selva. Um dia, enquanto dormia, um minúsculo rato correu pelo seu rosto. O grande Leão despertou com um rugido. Pegou o ratinho com uma de suas patas e levantou a outra para esmagar a débil criatura que o incomodara.
O Rato amedrontado começou a chorar, implorando:
– Oh, por favor, poderoso Leão, não me mate, por favor! Se o senhor me soltar, eu prometo que um dia irei retribuir este favor.
Isso foi, para o felino, uma grande diversão. A ideia de uma criatura tão pequena e assustada ser capaz de ajudar o rei da selva, era tão engraçada que ele caiu na gargalhada. E disse:
– Ridículo! Eu sou o maioral, sou o rei da floresta, não preciso de ninguém! Vá-se embora, antes que eu mude de ideia…
Dias depois, um grupo de caçadores entrou na selva para capturar o Leão. Os homens subiram em duas árvores, uma de cada lado do caminho e fizeram a armadilha com uma rede. Mais tarde, o Leão estava andando distraído pelo lugar, quando pisou na armadilha e ficou preso na rede dos caçadores, que se fechou sobre ele.
O Leão rugiu e lutou muito, mas não conseguiu escapar, a rede estava bem forte e apertada e ele ficou incapaz de se mover. Irritado, o Leão rugia cada vez mais alto, mas ninguém se atrevia a aproximar-se dele.
– Ai de mim! Ficarei aqui até os caçadores voltarem para me matar!
Lá longe na selva, estava o Rato que o Leão libertara. Ele ouviu os rugidos e veio ver o que estava acontecendo. Ele foi a única criatura que resolveu ajudar o Leão. Silenciosamente, subiu na árvore e começou a roer a corda com seus dentinhos afiados. Demorou um pouco, mas conseguiu cortar e libertar o rei da selva. Já livre no chão, o Leão viu o ratinho.
– Oh… É você?!
– O senhor riu da ideia de que eu teria capacidade de ajuda-lo um dia. Nunca esperava receber de mim qualquer favor em troca do seu. Mas, agora sabe que, mesmo uma pequena criatura como eu, é capaz de retribuir um favor a um poderoso Leão como o senhor.
Moral da história: Os pequenos amigos podem se revelar como os melhores aliados.
Sugestões de palavras para o Teste da Psicogênese
DITADO
01-rato
02-leão
03-correu
04-armadilha
05-felino
06-ideia
07-engraçado
08-fechou
09-caçadores
10-selva
FRASE: O ratinho libertou o leão da armadilha dos caçadores.
RECONTO:
Faça uma interpretação oral, explore a ordem dos acontecimentos e as falas. Se for preciso, leia o texto mais de uma vez. Essa fábula é bem conhecida das crianças, mas não deixe de debater sobre a importância da amizade e solidariedade, bem como da diversidade. Aproveite para relembrar as características deste gênero textual.
Depois, solicite que os estudantes escrevam o reconto do texto lido e, em seguida, leia-o para o(a) professor(a).
ILUSTRAÇÃO
Os estudantes poderão ilustrar o texto, mas não é obrigatório.
MODELO DE TESTE – TEXTO 7 – MARIA-VAI COM-AS-OUTRAS
Maria-vai-com-as-outras
(Sylvia Orthof)
Era uma vez uma ovelha chamada Maria.
Aonde as outras ovelhas iam, Maria ia também. As ovelhas iam pra baixo, Maria ia pra baixo. As ovelhas iam pra cima. Maria ia pra cima.
Maria ia sempre com as outras […]
Um dia, todas as ovelhas resolveram comer salada de jiló. Maria detestava jiló! Mas, como todas as ovelhas comiam jiló, Maria comia também… Que horror!!
Foi quando, de repente, Maria pensou:
“- Se eu não gosto de jiló, por que é que eu tenho que comer salada de jiló?”
Maria pensou, suspirou, mas continuou fazendo o que as outras faziam.
Até que um dia, as ovelhas resolveram pular do alto do Corcovado pra dentro da lagoa. As ovelhas começaram a pular…
Pulava uma ovelha, não caía na lagoa, caía na pedra, quebrava o pé e chorava:
– Mé!!
Pulava outra ovelha, não caía na lagoa, caía na pedra, quebrava o pé e chorava:
– Mééé!!
E assim quarenta e duas ovelhas pularam, quebraram o pé, chorando:
– Mé! Mé! Mé!
Chegou a vez de Maria pular. Ela deu uma requebrado, entrou num restaurante e comeu uma feijoada.
Agora, méé´, Maria vai para onde caminha o seu pé! Maria vai para onde ela quer!
Sugestões de palavras para o Teste da Psicogênese
DITADO
01-Maria
02-vez
03-ovelha
04-baixo
05-quebrava
06-restaurante
07-pulava
08- jiló
09-resolveram
10-choravam
FRASE; Maria não gostava de jiló, ela prefere feijoada.
RECONTO:
Faça uma interpretação oral, explore a ordem dos acontecimentos e as falas. Se for preciso, leia o texto mais de uma vez. Se os alunos não souberem onde fica o Corcovado, explique a eles e traga imagens. Fale também da culinária do Rio de Janeiro. Se tiver um mapa na sala, localize este estado. Também explore o significado do ditado “maria-vai-com-as-outras”.
Depois, solicite que os estudantes escrevam o reconto do texto lido e, em seguida, leia-o para o(a) professor(a).
ILUSTRAÇÃO:
Os estudantes poderão ilustrar o texto, mas não é obrigatório.
MODELO DE TESTE – TEXTO 6 – COMO SE FOSSE DINHEIRO
COMO SE FOSSE DINHEIRO
(Ruth Rocha)
Todos os dias, Catapimba levava dinheiro para escola para comprar o lanche. Chegava na lanchonete, comprava um sanduíche e pagava Seu Lucas. Mas Seu Lucas nunca tinha troco.
Um dia, Catapimba reclamou:
– Seu Lucas, eu não quero bala, quero meu troco em dinheiro.
– Ora, menino, eu não tenho troco. Que é que eu posso fazer?
– Ah, eu não sei! Só sei que quero meu troco em dinheiro!
– Ora, bala é como se fosse dinheiro, menino! Ora essa… […]
Aí, Catapimba resolveu dar um jeito. No dia seguinte, apareceu com um embrulhão embaixo do braço. Os colegas queriam saber o que era. Catapimba ria e respondia:
– Na hora do recreio, vocês vão ver…
E, na hora do recreio, todo mundo viu! Catapimba pediu o seu lanche. Na hora de pagar, abriu o embrulho e tirou de dentro… uma galinha! Botou a galinha em cima do balcão.
– Que é isso, menino? – perguntou Seu Lucas.
– É para pagar o sanduíche, Seu Lucas! Galinha é como se fosse dinheiro… O senhor pode me dar o troco, por favor?
Os meninos estavam esperando com grande expectativa para ver o que Seu Lucas ia fazer.
Seu Lucas ficou um tempão parado, pensando… Aí, colocou umas moedas no balcão.
– Está aí seu troco, menino!
E pegou a galinha, para acabar com a confusão.
No dia seguinte, todas as crianças apareceram com embrulhos debaixo do braço. No recreio, todo mundo foi comprar lanche. Na hora de pagar… Teve gente que queria pagar com raquete de ping-pong, com papagaio de papel, com vidro de cola, com geleia de jabuticaba… E, quando Seu Lucas reclamava, a resposta era sempre a mesma:
– Ué, Seu Lucas, é como se fosse dinheiro…
Mas Seu Lucas ficou chateado mesmo, quando apareceu Caloca puxando um bode. Aí, Seu Lucas correu e chamou a diretora. Dona Júlia veio e contaram pra ela o que estava acontecendo.
E sabe o que ela achou? Pois ela achou que as crianças tinham razão…
– Sabe, Seu Lucas – ela falou -, bode não é como se fosse dinheiro. Galinha também não é. Até aí, o senhor tem razão. Mas bala também não é como se fosse dinheiro, muito menos chiclete!
Seu Lucas se desculpava:
– É, mas e se eu não tiver troco?
– Aí, o senhor anota e no outro dia paga.
Os meninos fizeram uma festa […]
E todos do bairro ficaram sabendo do caso. E, agora, Seu Pedro da farmácia não dá mais comprimidos de troco, Seu Ângelo do mercado não dá mais mercadoria como se fosse dinheiro.
Afinal, ninguém quer receber um bode em pagamento, como se fosse dinheiro. É, ou não é?
Sugestões de palavras para o Teste da Psicogênese
DITADO
01-dinheiro
02-comprar
03-sanduíche
04-resolveu
05-embrulhão
06-posso
07-resposta
08-crianças
09-chiclete
10-ninguém
FRASE: Catapimba pagou o sanduíche com uma galinha e pediu o troco.
RECONTO:
Faça uma interpretação oral, explore a ordem dos acontecimentos e as falas. Se for preciso, leia o texto mais de uma vez. Levante a questão da honestidade, quando as atitudes de uns prejudicam os outros. Pergunte o que eles acharam do comportamento do Seu Lucas e do Catapimba.
Solicite que os estudantes escrevam o reconto do texto lido e, em seguida, leia-o para o(a) professor(a).
ILUSTRAÇÃO
Os estudantes poderão ilustrar o texto, mas não é obrigatório.
MODELO DE TESTE – TEXTO 5 – UMA JOANINHA DIFERENTE
Para o final do 3º Ano e início do 4º Ano
Uma Joaninha diferente
(Regina Célia Melo)
Era uma vez uma joaninha que nasceu sem bolinhas… Por isso ela era diferente.
As outras joaninhas não davam “bola” para ela. Cada qual com suas bolinhas, viviam dizendo que ela não era uma joaninha.
A joaninha ficava triste, pensando nas bolinhas e no que poderia fazer… Comprar uma capa de bolinhas? Ou quem sabe, ir embora para longe, muito longe dali?
Ela pensava e pensava… Sabia que não seriam as bolinhas que iriam dizer se ela era uma joaninha verdadeira ou não.
Mas as outras joaninhas não pensavam assim…
Então ela resolveu não dar mais importância ao que as outras joaninhas pensavam e continuou sua vida de joaninha sem bolinhas…
Até que um dia, as joaninhas reunidas resolveram expulsar do jardim aquela que para elas não era uma joaninha!
Sabendo que era uma autêntica joaninha, mesmo sem bolinhas, teve uma ideia… Contou tudo para o besouro preto, que é parente distante das joaninhas, pedindo ajuda.
Os dois decidiram ir à casa do pássaro pintor e contaram a ele o que estava acontecendo.
O pássaro pintor, então, teve uma ideia. Pintou com capricho o besouro, que ficou parecendo uma joaninha de verdade…
E á se foram os dois para o jardim: a joaninha sem bolinhas e o besouro disfarçado.
No jardim, ninguém percebeu a diferença. E com festa, receberam a “nova joaninha”.
A joaninha sem bolinhas, que a tudo assistia de cima de uma folha, pediu um minuto de atenção e, limpando a pintura que disfarçava o besouro preto, perguntou:
-Quem é a verdadeira joaninha???
Sugestões de palavras para o Teste da Psicogênese
DITADO
01-bolas
02-jardim
03-dois
04-besouro
05-joaninhas
06-preto
07-disfarçado
08-pássaro
09-ninguém
10-capricho
FRASE: O besouro preto estava disfarçado de joaninha.
RECONTO:
Deixar a criança contar a história do jeito que ela entendeu. Deve fazer primeiramente de forma oral, com a participação da turma. Debater sobre a moral da história, sobre discriminação, amizade e solidariedade.
Depois, cada criança escreve o reconto do jeito que ele acha que deve escrever, sem interferência do professor, nem ajuda dos coleguinhas.
ILUSTRAÇÃO:
Fazer um desenho da história pode ajudar no reconto, avivando as memórias, os detalhes do texto. Lembrando que a ilustração não é obrigatória.
MODELO DE TESTE – TEXTO 4 – O DIA EM QUE A BRUXA VEIO À ESCOLA
Para o final do 3º Ano e início do 4º Ano
O DIA EM QUE A BRUXA VEIO À ESCOLA
(Texto criado por um grupo de professores, para dramatização)
A dona Bruxa foi para o pátio da escola cheia de más intenções:
– Vou preparar o caldeirão! Faço feitiço, preparo poção, faço mágica e começa a confusão! Há há há haáááááá… Vou acabar com essa escola! Tudo que eu fizer nesse caldeirão vai acontecer na sala de aula, cada gota um feitiço: “Toda criança vai pegar piolho, as professoras e professores serão bem chatos, os conteúdos serão bem difíceis, ninguém vai ter recreação, o lanche vai ser sopa de jiló e glacê de pimenta, ninguém vai ter dinheiro para comprar picolé, e, para finalizar… uma gota de desrespeito, as crianças vão brincar de machucar as outras, ficarão todas quebradas! Há há há haáááááá…
A Bruxa ficou satisfeita com aquele feitiço e foi dar uma voltinha em sua vassoura mágica.
Enquanto isso alguns alunos estavam observando e ouviram os planos da Bruxa. Eles estavam apavorados e começaram a pedir ajuda. Chamaram a Fada Luz:
– Fada Luz! Fada Luz! Fada Luz! Venha nos proteger!
A Fada aparece bem na frente deles, toda iluminada com o brilho das estrelas, cintilante, deslumbrante, belíssima e bondosa como sempre.
– Olá crianças! O que está acontecendo? Ouvi gritos e cheguei correndo para lhes ajudar.
– Fada Luz, olhe este caldeirão!
A Fada Luz que era mágica e poderosa olhou no caldeirão e imediatamente percebeu tudo o que estava acontecendo.
– Quanta maldade nesta poção! Vou desfazer essa confusão! Que cada gota seja de transformação: ALEGRIA, FELICIDADE, AMOR, CONFIANÇA, RESPEITO, FRATERNIDADE E COOPERAÇÃO.
E assim toda a maldade foi desfeita. Quando a Bruxa voltou do seu passeio, a nossa querida Fada Luz a convenceu a beber um pouco daquela poção. Foi um escândalo só!! A Bruxa gritou e desmaiou. Quando acordou estava tão diferente! Sentiu uma grande vontade de abraçar e beijar todas as crianças.
A partir daquele dia tudo era alegria!! E a Bruxa resolveu virar professora!
Sugestões de palavras para o ditado do Teste da Psicogênese
DITADO
- Fada
- Mágica
- Apavorados
- Luz
- Bruxa
- Transformação
- Piolho
- glacê
- escola
- crianças
FRASE: A fada poderosa transformou o feitiço da bruxa malvada.
RECONTO:
O objetivo de criar essa história era trabalhar os valores e as virtudes, para que as crianças não brigassem e fossem mais respeitosas umas com as outras. Diminuir as rivalidades e promover a união. Fizemos uma dramatização no pátio para todas as turmas. Depois cada professor, em sua sala de aula, fez a contação da história, aplicou o ditado e o reconto escrito, de acordo com o nível de sua turma. Deve-se fazer o reconto primeiramente de forma oral, com a participação da turma. Depois, cada criança escreve o reconto do jeito que ele acha que deve escrever, sem interferência do professor, nem ajuda dos coleguinhas, individualmente.
ILUSTRAÇÃO:
Fazer um desenho da história pode ajudar no reconto, avivando as memórias, os detalhes do texto. Lembrando que a ilustração não é obrigatória. Especificamente nesta história, as crianças produziram desenhos lindos que foram parar num mural.